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Ilustração: Railson Wallace |
Era noite, uma senhora conhecida como Dona Nenê, voltava da casa de uma amiga, onde acabara de comemorar o aniversário de sua afilhada, o caminho rumo a sua residência, passava em frente ao Cemitério Bom Jesus. Naquela época, a cidade de Igarapé-Miri era pequena e pacata, e a única fonte de energia elétrica que tinha na cidade, vinha da antiga Usina de Força e Luz, que gerava energia através de um motor movido a óleo diesel que ficava ao lado oposto da Casa Paroquial, onde hoje estar o Posto Ipiranga, na Rua 7 de Setembro.
Dona Nenê fazia seu percurso rumo a sua casa, ao passar em frente ao Cemitério Bom Jesus, a senhora teve um estranho pressentimento, é como se alguém estivesse a observando. Ao chegar a sua casa, Dona Nenê, aprontou a janta e serviu ao marido e filhos. Por volta das 22h30, após seus filhos dormirem, alguém bateu na porta. Dona Nenê estranhou e perguntou para seu esposo, quem seria a essa hora? Ele não soube responder, mais saiu do quarto e foi logo atender a porta. Era Dona Maria, uma vizinha, que foi emprestar algumas velas para iluminar a casa, pois havia saído tarde do trabalho e os filhos estavam numa escuridão tremenda. Dona Nenê então entregou a sua vizinha, algumas velas, sobrando assim apenas uma.
As 23h00 horas, Nenê ao passar pelo quarto das crianças, notou que as velas que faziam a iluminação daquele aposento já haviam se acabado, então, pegou a última vela da caixa e acendeu no quarto onde estavam seus filhos, mas essa não duraria a noite toda. Ficou preocupada, mas resolveu dormir, deitou e se acomodou, mas o sono não vinha. Resolveu levantar-se e novamente foi ao quarto dos filhos, ao chegar ao local, percebeu que a vela já estava pela metade.
Ao voltar ouviu um barulho na rua, como se fosse um cortejo religioso que passava em frente a sua residência. Curiosa, Nenê abriu a janela e viu uma procissão formada por pessoas que iam em direção ao cemitério Bom Jesus, todos estavam vestidos de branco e levavam velas acesas nas mãos. Logo lembrou que estava sem iluminação na casa e decidiu pedir algumas velas para os peregrinos. Atendendo ao pedido, uma das romeiras deu a ela uma vela bem espessa e grande. Dona Nenê agradeceu e nem acompanhou o término daquela procissão, fechou a janela e foi direto ao corredor que ligava os dois quartos. Ali acendeu a vela que iluminou os dois aposentos. Após isso, mais tranquila Dona Nenê foi dormir.
Ao amanhecer, Nenê levantou cedo para fazer o café, e ao dirigir-se a cozinha, percebeu que no lugar em que colocou a vela doada pela senhora da procissão, estava um grande osso, que mais parecia com um osso humano. O susto foi enorme, pois não havia restos de cera, nenhum vestígio sequer. A partir daquele dia, Dona Nenê nunca mais deixou faltar caixas de vela em sua casa.
Esse fato ficou conhecido na cidade como “A Procissão dos Mortos”.
Material cedido por alunos da Faculdade Aliança Polo de Igarapé-Miri.
Material cedido por alunos da Faculdade Aliança Polo de Igarapé-Miri.
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