Ilustração: Railson Wallace |
No Rio Maiauatá - você sabe onde fica o Rio Maiauatá? Não? Fica no Município de Igarapé-Miri, no Pará, e é afluente do Rio Tocantins.
No Rio Maiauatá, começaram a ouvir os estridentes assobios da Matinta Perêra. Os moradores se perguntavam: Quem será já que vira Matinta por aqui? E nada de descobrir quem era a Matinta do Rio Maiautá. A coisa foi aumentando e, além dos assobios, a Matinta começou a assustar as pessoas de outras maneiras. Você sabe, não é? que a Matinta pode se transformar no que quiser. Pois é, a Matinta ora aparecia em forma de onça, ora em forma de queixada, ora em forma de outro animal qualquer, sempre atazanando os pacatos ribeirinhos, metendo medo e não deixando ninguém dormir com os estridentes
- Fiiiiiiiiittt...
Ou pior quando dobrava o assobio
- Firifififiuuu...
Teodoro Castro Barbosa, nascido do rio Sumaúma, em Igarapé- Miri, foi quem contou esta história. E ele continuou dizendo que a Matinta tanto perseguiu os moradores que um deles, mais corajoso, disse que ia dar um jeito naquela situação. Era o João Piraqueira, filho da Tia Podó, que era muito estimado naquelas bandas.
Pois bem, o João Piraqueira procurou um pajé dos bons, explicou a situação e disse que queria dar uma solução para aquele problema, a fim de que os moradores do Rio Maiauatá voltassem a ter paz e pudessem dormir sossegados. O pajé ouviu e seguiu junto com o rapaz.
Depois de ouvir atentamente, o pajé seguiu com João Piraqueira para o Rio Maiauatá. Lá chegando, pediu que o rapaz arrumasse duas cuias pitinga e uma sandália e guardou este material. Quando chegou de noite, assim que a Matinta começou a assobiar, quando se ouviu
– Fiiiiiiittt...!
O pajé saiu da casa em que estava, começou a fazer suas orações, pegou as duas cuias pitinga e colocou em cima da sandália emborcada. Era a fórmula para amarrar Matinta Perêra! Naquela noite ouviu-se ainda um assobio cortado pela metade e um barulho assim como se fosse um pato se debatendo em cima de um galho de uma árvore próxima.
Ninguém foi olhar, esperando a manhã seguinte... Ao amanhecer o pajé chamou João Piraqueira para ir ver a Matinta amarrada pela fórmula... Veja só o que é o destino!
O pajé disse para o rapaz:
- Agora vamos saber quem é a Matinta Perêra do Rio Maiauatá!
Quando chegaram no local, sobre um galho de uma árvore próxima às duas cuias pitinga em cima da sandália emborcada, estava uma mulher que dali não conseguia se mexer, como se estivesse amarrada no galho. O pajé disse para João Piraqueira: esta é a Matinta Perêra que estava perturbando vocês...!
Quando João Piraqueira ergueu a vista para o galho da árvore, quase desmaiou. Quem estava lá em cima era a sua própria mãe, a Tia Podó...
Surpresa desagradável para o João Piraqueira. Ele, que tanto empenhou em amarrar a Matinta, veio a descobrir que era a sua mãe... Ele ficou muito envergonhado. Mas o certo é que, depois daquele dia, nunca mais se ouviu ou se viu a Matinta Perêra do Rio Maiauatá...
Mas os velhos moradores, como Teodoro Castro Barboza, até hoje se lembram e contam a história.
- Fiiiiiiiiittt...
Ou pior quando dobrava o assobio
- Firifififiuuu...
Teodoro Castro Barbosa, nascido do rio Sumaúma, em Igarapé- Miri, foi quem contou esta história. E ele continuou dizendo que a Matinta tanto perseguiu os moradores que um deles, mais corajoso, disse que ia dar um jeito naquela situação. Era o João Piraqueira, filho da Tia Podó, que era muito estimado naquelas bandas.
Pois bem, o João Piraqueira procurou um pajé dos bons, explicou a situação e disse que queria dar uma solução para aquele problema, a fim de que os moradores do Rio Maiauatá voltassem a ter paz e pudessem dormir sossegados. O pajé ouviu e seguiu junto com o rapaz.
Depois de ouvir atentamente, o pajé seguiu com João Piraqueira para o Rio Maiauatá. Lá chegando, pediu que o rapaz arrumasse duas cuias pitinga e uma sandália e guardou este material. Quando chegou de noite, assim que a Matinta começou a assobiar, quando se ouviu
– Fiiiiiiittt...!
O pajé saiu da casa em que estava, começou a fazer suas orações, pegou as duas cuias pitinga e colocou em cima da sandália emborcada. Era a fórmula para amarrar Matinta Perêra! Naquela noite ouviu-se ainda um assobio cortado pela metade e um barulho assim como se fosse um pato se debatendo em cima de um galho de uma árvore próxima.
Ninguém foi olhar, esperando a manhã seguinte... Ao amanhecer o pajé chamou João Piraqueira para ir ver a Matinta amarrada pela fórmula... Veja só o que é o destino!
O pajé disse para o rapaz:
- Agora vamos saber quem é a Matinta Perêra do Rio Maiauatá!
Quando chegaram no local, sobre um galho de uma árvore próxima às duas cuias pitinga em cima da sandália emborcada, estava uma mulher que dali não conseguia se mexer, como se estivesse amarrada no galho. O pajé disse para João Piraqueira: esta é a Matinta Perêra que estava perturbando vocês...!
Quando João Piraqueira ergueu a vista para o galho da árvore, quase desmaiou. Quem estava lá em cima era a sua própria mãe, a Tia Podó...
Surpresa desagradável para o João Piraqueira. Ele, que tanto empenhou em amarrar a Matinta, veio a descobrir que era a sua mãe... Ele ficou muito envergonhado. Mas o certo é que, depois daquele dia, nunca mais se ouviu ou se viu a Matinta Perêra do Rio Maiauatá...
Mas os velhos moradores, como Teodoro Castro Barboza, até hoje se lembram e contam a história.
Nenhum comentário:
Postar um comentário